terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um livro e um post: Amor é coisa de gente louca

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Livro: Queria ver você feliz
Autora: Adriana Falcão
Editora: Intrínseca
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Pra viver um grande amor a gente precisa ser muito louco. E, veja bem, eu disse louco e não burro. Porque, sendo burro, a gente sempre acha que o amor é qualquer coisinha que dá e passa.

Já na loucura a gente é intenso, sincero e não tem medo de se entregar.
Só sendo louco pra se mostrar como é, sem fazer tipo e sem compor um personagem legalzão.

Assim, a gente espanta os errados e traz pra perto quem se identifica com a nossa doideira de todo os dias.


Nem sempre é fácil, às vezes chega a ser frustrante. Nesta busca há muita fuga e muita condenação:

- Tô fora desse aí!
- Claro, onde já se viu falar esse tipo de coisa no primeiro encontro?

É... Fora que, muitas vezes, a sinceridade incomoda... até constrange! Só que depois que o amor chega e fica, parece que nada disso importa mais. E a gente vive se aceitando, se adaptando e, acima de tudo, estabelecendo uma parceria linda.

Mas, olha aqui a contradição chegando: O amor é para os loucos, mas precisa de uma gotinha de sanidade temperando. Pois é... Sentimentos não são lineares mesmo.

A gente é louco o suficiente pra se mostrar como é, mas também precisa de sabedoria para relevar defeitos ou não magoar a pessoa que a gente ama com a nossa sinceridade. É realmente um jogo de acertos e erros e só os mais loucos sobrevivem.

Quer dizer, nem sempre.

Nesta história de amor aqui, do Caio e da Maria Augusta, infelizmente não temos um final tão feliz. É uma história real, então isso não se trata de um spoiler (consta até mesmo na sinopse do livro, guarde as pedras).

É realmente uma pena que tudo não termina tão bem... Talvez porque faltou aquela gotinha de sanidade que eu mencionei ali em cima... Ou talvez porque o desenrolar da história saiu da alçada do amor e tudo passou a ser administrado por outros sentimentos. Uma grande indústria chamada "Nossas Vidas S.A."

Acontece que o melhor da viagem nem sempre está na chegada, mas no percurso. E que percurso lindo eles percorreram. Um amor inocente, pueril, que se torna intenso e vai se transformando numa bela parceria de vida. Estas, quando verdadeiras, o tempo não diminui, ainda que o amor possa acabar. Elas permanecem.

E que curioso é perceber como essa maluquice de amar afeta as pessoas de diferentes formas: há quem ache lindo, há quem dê risadas dos discursos cheios de amor, há quem pense que tudo é mentira e há quem apenas acompanhe de longe, sem saber onde tudo vai dar.

A mensagem que fica, enfim, é: pelo menos uma vez na sua vida, se permita enlouquecer e amar um pouquinho que seja. E esqueça de focar no destino final, pense no percurso e nas coisas boas que você encontrará durante o caminho. Apenas ame!